Em entrevista ao Canal da Lisa Gomes, no Youtube, Rita Caillac, que brilhou como dançarina no Chacrinha entre 1975 e 1983, contou como era os bastidores do programa e como o apresentador era rigoroso, tanto na carreira quanto com a vida pessoal das chacretes.
Rita nega que sempre teve mais destaque do que as outras chacretes, “Todo mundo acha, mas não tinha, todas tinham igual. O meu problema com o Chacrinha, com o Leleco, até o dia de hoje eu sou assim e não adianta, é que eu bato de frente. Não podia namorar ninguém da televisão, namorei muito o diretor do próprio programa, só que eu não aparecia mais, era uma briga”.
“O Chacrinha tomava conta da gente, ninguém se aproximava da gente. Quando terminava o programa, tinha menina que era casada, noiva, que o pai ia buscar, mas não podia buscar na porta da emissora. Nem pai, nem marido, ninguém. E eu sempre questionei isso. Mas porque isso? A gente sabe que é o pai, o marido, namorado, noivo. Eles falavam: Nós sabemos quem eles são, na rua não sabe, isso era um cuidado com a gente”, conta.
Rita lembra que até seu filho, Carlos César, quando tinha 8 anos de idade, foi impedido de visitar a mãe no quarto de um hotel que ela estava hospeda, “Era muito exagerado, eu fui fazer show em Porto Alegre, fiquei no Hotel São Rafael, não esqueço nunca mais. Meu filho tinha oito anos, avisei que ele iria me visitar. Quando meu filho chegou no hotel e me ligaram no quarto, mandei subir. ‘Não, você tem que descer, se não amanhã não vão dizer que é seu filho’ – Caraca!! O menino tinha 8 anos, tive que descer. Tomavam conta a esse ponto”, recorda.
A eterna chacrete começou a bater de frente com a produção e a omitir para realizar outros trabalhos fora da tv, “Quando eu fiz o filme ‘Asa Branca: Um sonho brasileiro’ (Filme 1981), o Zé Possi Neto mandou alguém lá pra eu fazer o filme. Chacrinha e o Leleco, ‘Não vai fazer se não passar pela gente’, já fiz! Não tinha feito porr** nenhuma. Fui, fiz e acabou!”, lembra.
Questionada por Lisa Gomes se ela chegou a ter um envolvimento amoroso com o ator Edson Celulari que na época tinha 23 anos, e estava no começo da sua carreira, Rita, que no longa deu vida a personagem Sylvia, foi logo explicando, “Era menininho, foi o primeiro filme dele, eu sei separar (as coisas). Vi o Edson começar”.
Assista a entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=YzDs1jCeGzI
Autor: Lisa Gomes
Fotos: Reprodução/Instagram